Pular para o conteúdo

O que fazer em Belém

belem

Se você está chegando à cidade pela primeira vez, seu ponto de entrada provavelmente será o Aeroporto Internacional de Belém – também conhecido como Aeroporto Val de Cans.

Localizado a cerca de 10 km do centro, ele conecta a capital paraense às principais cidades brasileiras e a destinos internacionais. Assim que desembarcar, já é possível sentir o clima amazônico e a hospitalidade típica da região.

Dia 1: Centro Histórico e Cultura Local

Mercado Ver-o-Peso

Comece o dia explorando o Mercado Ver-o-Peso, um dos mercados mais antigos e icônicos do Brasil. Localizado às margens da Baía do Guajará, o mercado oferece uma variedade de produtos regionais, como frutas exóticas, ervas medicinais e artesanato local.

Forte do Presépio

A poucos passos do mercado, visite o Forte do Presépio, construído em 1616. Este forte histórico oferece uma vista panorâmica da baía e abriga o Museu do Encontro, que apresenta a história da colonização portuguesa na Amazônia.

Casa das Onze Janelas

Ao lado do forte, explore a Casa das Onze Janelas, um palacete do século XVIII que hoje funciona como museu de arte contemporânea. Além das exposições, o local oferece uma vista encantadora do rio.

Estação das Docas

Finalize o dia na Estação das Docas, um complexo cultural e gastronômico à beira da baía. Aqui, você pode desfrutar de restaurantes, lojas e apresentações culturais. Não deixe de experimentar os sorvetes da Cairu, especialmente os sabores regionais como açaí e cupuaçu.

Dia 2: Natureza e Tradição

Mangal das Garças

Comece o dia no Mangal das Garças, um parque ecológico que reúne a flora e fauna amazônicas. O local conta com um borboletário, viveiro de pássaros e um mirante com vista panorâmica da cidade.

Basílica de Nossa Senhora de Nazaré

À tarde, visite a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, palco do famoso Círio de Nazaré, uma das maiores procissões católicas do mundo. A arquitetura imponente e os vitrais coloridos são destaques do templo.

Theatro da Paz

Em seguida, conheça o Theatro da Paz, inaugurado em 1878 durante o ciclo da borracha. Este teatro é um dos mais importantes do país e oferece visitas guiadas que revelam sua rica história e arquitetura.

Dia 3: Ilhas e Cultura Local

Ilha do Combu

Pela manhã, faça um passeio até a Ilha do Combu, localizada a poucos minutos de barco de Belém. A ilha é conhecida por suas casas de palafitas, produção de chocolate artesanal e restaurantes que servem pratos típicos à beira do rio.

Espaço São José Liberto

De volta à cidade, visite o Espaço São José Liberto, um antigo presídio transformado em polo joalheiro e museu. Aqui, você encontrará joias feitas com gemas da região e artesanato local.

Praça da República

Finalize o dia na Praça da República, um espaço arborizado que abriga feiras de artesanato aos domingos e é um ponto de encontro para moradores e visitantes.

Dicas Extras

  • Gastronomia: Não deixe de provar pratos típicos como o pato no tucupi, tacacá e maniçoba. Restaurantes como o Remanso do Bosque oferecem uma experiência gastronômica única.
  • Transporte: Belém possui um sistema de transporte público, mas para maior comodidade, considere utilizar aplicativos de transporte ou táxis para deslocamentos.
  • Clima: A cidade é quente e úmida durante todo o ano. Recomenda-se o uso de roupas leves, protetor solar e hidratação constante.

Belém é uma cidade que encanta por sua diversidade cultural, histórica e natural. Este roteiro oferece uma visão abrangente do que a capital paraense tem de melhor a oferecer.

História de Belém: A Porta de Entrada da Amazônia

Belém do Pará, fundada em 12 de janeiro de 1616 por Francisco Caldeira Castelo Branco, começou como um forte chamado Forte do Presépio, construído às margens da baía do Guajará. A cidade surgiu como um posto avançado da colonização portuguesa na Amazônia, com o objetivo de consolidar o domínio sobre a região e proteger os interesses da Coroa Portuguesa contra invasores estrangeiros, como holandeses e franceses.

Período Colonial e Ciclo da Borracha

Durante os séculos XVII e XVIII, Belém se desenvolveu como um centro de comércio de especiarias, cacau, madeira e, posteriormente, borracha. No final do século XIX, o chamado Ciclo da Borracha trouxe grande riqueza à cidade. Nesse período, Belém foi urbanizada ao estilo europeu, com teatros, praças arborizadas e palacetes luxuosos — reflexo de sua importância econômica.

Arquitetura e Cultura

Esse apogeu econômico impulsionou a construção de importantes patrimônios históricos, como o Theatro da Paz, símbolo da era dourada da borracha, e a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, ligada à tradição religiosa do Círio de Nazaré, a maior manifestação católica do Brasil.

Belém Moderna

No século XX, com o declínio da borracha, Belém passou por reestruturações e manteve-se como um importante centro regional, destacando-se pela rica mistura de culturas indígenas, africanas e europeias. Hoje, a cidade é conhecida como a porta de entrada para a Amazônia, combinando tradição, biodiversidade e modernidade em suas ruas e espaços culturais.